Empreendedorismo feminino na moda: como começou a Pina Beachwear

De uns tempos para cá, empreender se tornou o sonho de muitas pessoas. Seja pelo que nos é passado sobre “fazer seu horário”, ou sobre todas as vantagens em ser dona de seu próprio negócio. Mas o que muita gente não sabe, é que por trás de todo esse glamour existe muito trabalho duro, dedicação e persistência. Trouxe para conversar conosco e dividir um pouco de sua jornada a Raquel Correia, que é GIRLBOSS de uma marca de moda praia maravilhosa, a Pina Beachwear (www.pinabeachwear.com.br/ )

Começando por se apresentar, queremos saber quem é essa empreendedora, o que come, onde vive rsrs. A Rachel tem 26 anos, e é formada em Marketing com especialização em Marketing Digital, o que é ótimo, visto que sua empresa tem toda a sua comunicação praticamente voltada para o universo digital, “estudei muito marketing digital e redes sociais, então acredito que saber usar todas as ferramentas que tem por trás desse meio digital faz toda a diferença”.

Girboss Raquel Correia // via: @raqscorreia

Enxergar as oportunidades

Muitas vezes a gente fica tentando encontrar algo que possa ser a chave do sucesso, ou algo que nos faça criar o negócio dos sonhos.

Mas nos esquecemos de prestar atenção e dar valor aos detalhes. A história da Pina Beachwear foi dessa forma: analisando os detalhes, e descobrindo a necessidade.

“em 2016 criei um instagram para guardar fotos de viagens com o meu namorado (@viraclick) era um hobbie e com o tempo virou um trabalho. As marcas nos procuravam para postar conteúdo sobre elas e divulgar, e dessas marcas, 70% eram de moda praia. Eu gastava horrores com biquíni, sempre amei e então pensei “por que não criar um instagram e vender biquínis online?”.

E foi aí que tudo aconteceu e começou.

Pina Beachwear // via: pinabeachwear.com.br

A Pina Beachwear teve desde o começo, a ajuda da mãe da Raquel, que já era costureira e pode ajuda-la na criação dos moldes e em toda a produção (o que faz até hoje) “minha mãe sempre foi costureira, fabricava lingerie. Um dia eu vi um biquíni e perguntei se era muito difícil de fazer, pois já tínhamos 2 máquinas em casa. E ela disse “eu já tenho até o molde, é de um sutiã retrôzinho”. Ela fez, fiz uma foto e postei o biquíni, e já tive 3 encomendas.”

Desse momento em diante a Raquel acreditou que seu sonho poderia dar frutos, comprou mais tecido, e continuou recebendo encomendas…

Será que posso viver disso?

Esse é o momento que todas que empreendem e que sonham em empreender esperam alcançar: poder viver com os ganhos de nossa própria empresa.

A Raquel precisou se qualificar e persistir bastante: “comecei a procurar oficinas, aprendi a costurar, e hoje tenho a minha produção própria, e a ajuda da minha mãe e da minha irmã para produzir”.

Depois de um mês produzindo os biquínis conforme chegavam os pedidos, chegou a hora de dar adeus ao estágio em social media que estava na época, e se dedicar inteiramente à empresa que estava surgindo.

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A Raquel teve seus altos e baixos como qualquer empreendedora, desde quebrar inúmeras agulhas de costura, plataformas do site, prejuízo com pagamentos, mas hoje pode ela já pode respirar mais tranquila com a flexibilidade de horário e liberdade em seu processo criativo.

“Como nunca tinha empreendido nada, fui aprendendo tudo na raça mesmo”.

A importância do Empreendedorismo Feminino

Não somente empreender, mas mulheres empreendedoras são o que fazem toda a diferença. Seja para nos mostrar que somos capazes, como para nos inspirar a ser quem queremos ser. A Raquel é uma dessas mulheres que nos mostra que é possível sim criar uma empresa e ter sucesso.

Mas nem sempre foi assim. Inclusive, para ela, a importância do Empreendedorismo feminino tem a ver justamente com isso: ser quem você quer ser!

“no meu caso, foi importante para eu provar a mim mesma que eu poderia sim, ser o que eu quisesse. Ouvi de um chefe que eu não poderia subir para o cargo de social media na empresa porque “não combinava comigo” e hoje sou social media da minha própria empresa. Depois disso, vi que as mulheres podem, e aprendi que nesse meio as mulheres se ajudam MUITO”.

Como criar uma comunidade

O segmento da moda está em constante mudança, então estar de olho em referências e em dia com as tendências é fundamental para que o negócio cresça “a gente precisa ser atenta a todas as novidades para continuar em alta no mercado. É moda, né? Muda o tempo todo”.

PinaGirls // via: @pinabeachwear

Mas não somente buscar referências e jogar no Instagram. Precisamos ser autênticas, criar uma conexão verdadeira com nossos seguidores para transformá-los em verdadeiros advogados de nossa marca.

E para que essa conexão seja genuína, você precisa ser autêntica, e acima de tudo, “ser você mesma ser de verdade, mostrar quem está por trás da marca hoje em dia conta muito, além de ter algum diferencial na sua marca”.

A dica de ouro

NÃO DESISTA!

Essa é a dica da Raquel (e minha também).

“A dica que eu dou para as minhas amigas que começaram depois de mim: não desiste! Porque as pessoas criam negócios online e acham que vão vender na primeira semana, primeiro mês, e com três meses já vão estar vivendo disso e não é assim. O importante é continuar, mesmo com número baixo de seguidores, de likes, de vendas. Só consegui viver da minha marca, um ano e meio depois de começar. Parei alguns meses, não sabia se ia conseguir viver disso, não conseguia conciliar com trabalho em agência e faculdade. Foi bem complicado por um período, mas sempre procurava formas de me manter nisso. E hoje, vivo a Pina 24hs por dia.”


O aprendizado é constante, e ainda bem que temos mulheres incríveis compartilhando suas experiências com a gente. Se você não conhece a Pina Beachwear, dá uma olhadinha aqui e aqui .

Bjs,
Dani.

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